No amor, descobrimo-nos inteiramente

No amor, descobrimo-nos inteiramente

A Igreja nos convida, no mês de agosto, a meditar e, fundamentalmente, rezar pelas vocações. Muitos artigos e mensagens nos fazem lembraruma atitude: rezar. Claro que isso é muito bom, mas por que não dedico um tempo para me aprofundar sobre a vocação, à qual sou chamado?

Sem importar sua idade, estado civil, profissão e ocupação, convido-o a se dedicar a esta palavra: vocação.

Ser vocacionado é percorrer o caminho escolhido por Deus para a cada um de nós, o qual nos permite ser plenamente feliz. A felicidade excede a própria pessoa e atinge os mais próximos; com isto, nenhuma vocação esconde, em si, um desejo de felicidade exclusivamente pessoal, egoísta… Em algum ponto, ela é própria, mas é também para os demais. É a maneira na qual eu construo a mim mesmo e amo os demais.

Como descubro esse caminho, essa vocação?

O que você faz quando está perdido, procurando a direção de um lugar? Eu acostumo perguntar para as pessoas, que se encontram no caminho, sobre a direção que devo seguir.

Algo assim sucede com nossa vocação. A “direção” foi posta em nosso coração por Deus. Ele já tem planos de felicidade para você (cf. Jeremias 29,11). Mesmo que a tenhamos gravada no coração, pode ser que não a encontremos tão facilmente. O que fazer? Anteriormente, eu lhe disse que, quando não encontro uma direção, eu pergunto. Mas falando de vocação, podemos traduzir o “perguntar” por “amar”.

Só quem ama pode se descobrir, pode encontrar, em seu coração, a direção dada por Deus. Nós, porque nos sentimos amados por Ele, procuramos, responsavelmente, descobrir nossa vocação. Caso contrário, embarcamos na profissão que tenha maior remuneração, etc.

“Irmãos queridos, amemos-nos os uns aos outros, porque o amor procede de Deus. Todo o que ama nasceu de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor” (1Jn 4,7-8) O apóstolo afirma que Deus é amor e nós fomos criados a imagem e semelhança d’Ele (cf. Gn 1,27), então não cabe dúvida que nossa essência é amar.

Nós católicos esquecemos, muitas vezes, nossa vocação essencial [o amor], por isso nossas famílias estão se desmoronando. Jesus foi feliz, porque amou até o extremo (cf. Jn 13,1).Aí está a verdade que procuramos, sem importar a profissão ou o ofício que realizamos. Sempre que amarmos seremos felizes, plenos, homens e mulheres realizados.

É necessário que vivamos este princípio evangélico em todas as partes: amar e dar-nos por inteiro à pessoa que temos defronte. Assim, uma dona de casa deve preparar o almoço para a família com inteira disposição, alegria e amor; isso lhes garantirá uma vida feliz.

Desafio você a seguir o estilo de vida de Cristo: abraçar, a cada instante, a sua vida e entregar-se, por inteiro, com amor. Assim, verá como, em seu dia, o seu olhar vai se transformando.

Querido internauta, o princípio de toda vocação é o amor; por isso, enquanto não consegue dar certo em sua vocação, dedique-se a amar e, assim, nunca errará o caminho.

Que Deus o abençoe!

Exequiel Alvarez

Membro da Família Canção Nova Argentina